sexta-feira, 31 de maio de 2013

Do Pânico Ao Êxtase: Uma Classificação Histórica

Um empate por 2a2 em Tijuana, outro empate (dessa vez por 1a1) em Belo Horizonte e o time de melhor campanha na Libertadores avança para a semifinal continental. Se os resultados lidos friamente já denotam um confronto equilibrado, o jogo propriamente dito consegue ser ainda mais transparente: qualquer um que avançasse, merecedor seria.

No conjunto dos noventa minutos no Independência, uma partida alucinante do início ao fim. Com poucos segundos, os visitantes quase abriram o placar após falha de Réver, com Riascos parando em defesa do goleiro Victor. O mesmo Victor que, nos acréscimos, salvou o Galo ao defender pênalti de Riascos.

Entre uma finalização e outra, muita coisa aconteceu no gramado em Minas Gerais. O ritmo dos comandados de Antonio Mohamed era algo sobrenatural, num empenho formidável para conter o volume de jogo atleticano e lançar-se com competência ao ataque. Fruto de uma equipe bem preparada física e taticamente. Aliás, este blógui acompanhou a estréia do Tijuana na Libertadores e recomenda a leitura: Muito Prazer, Club Tijuana Xoloitzcuintles De Caliente.

O Galo, de tantos encantos desde que assumido pelo excepcional técnico Cuca, teve raros momentos onde conseguiu desenvolver sua capacidade de envolver o adversário. O time parecia um pouco afoito, apressado, mas o mérito maior pela incapacidade de infiltrar era... do Tijuana. Bem postado, bem disposto. Pra acabar de vez com aquela balela de que clube mexicano não leva a Libertadores a sério. Leva, e muito. Vide o Tijuana. A Libertadores é que precisa levá-los mais a sério.

Um gol de Riascos (é bom jogador esse colombiano), em sensacional contra-ataque pelo flanco direito, abriu a contagem para os Xolos. Mas ainda no primeiro tempo, em jogada de bola parada, o Galo empatou através de Réver. No segundo tempo, brilharam os goleiros Saucedo e Victor. Belíssimas defesas para impedir um resultado com muito mais gols. E o momento máximo foi nos acréscimos. Uma tuitada para um momento épico (não veja como profecia, mas pressentimento).

Na entrevista pós-jogo, Cuca disse que não havia euforia no vestiário atleticano. Agradeceu a bênção pela sorte e lamentou o futebol abaixo do apresentado habitualmente pelo time (insisto: mérito maior pelo Galo não ter rendido como costuma render é do Tijuana). Aliás, há alguém que esteja lendo isso que ache o Cuca... hum... azarado?

Por último, olhe bem para aquela imagem que abriu a presente postagem. Na campanha do título corinthiano em 2012, uma defesa de Cássio em chute de Diego Souza na fase quartas-de-final marcou a trajetória do Corinthians na Libertadores. Se o Atlético levantar o troféu em 2013, pode ter certeza que essa intervenção de Victor na cobrança de pênalti de Riascos também ficará eternizada.

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