sexta-feira, 24 de maio de 2013

Boca Juniors: Espetáculo Nas Arquibancadas, Marasmo No Gramado

 
A Copa Libertadores da América 2013 chega em sua fase quartas-de-final com duas equipes brasileiras (Atlético Mineiro e Fluminense), uma mexicana (Tijuana), uma paraguaia (Olímpia), uma colombiana (Santa Fé), uma peruana (Real Garcilaso) e as argentinas Boca Juniors e Newell's Old Boys. Boca e Newell's que jogaram nessa última quinta-feira e terminaram a partida com um empate sem gol. Ou seja, os boquenses irão até Rosário com a vantagem do empate enquanto qualquer vitória classificará os mandantes do jogo de volta.

É difícil fazer uma previsão sobre o que irá ocorrer no próximo jogo entre esses dois times argentinos. Em La Bombonera, o Boca foi ligeiramente superior. Mais pela atitude do que pela organização. Só que o zero a zero ficou de ótimo tamanho para ambos os lados. Carlos Bianchi preparou o time com Riquelme e Martínez buscando jogadas de aproximação, mas raramente conseguindo desenvolver reais chances de gol. Gerardo Martino (treinador vice-campeão na Copa América 2011 com a seleção paraguaia) conseguiu manter o time bem compactado durante praticamente a totalidade do jogo em Buenos Aires, dificultando a transição dos donos da casa.

Aliás, que casa! Se a partida era carente de emoções dentro das quatro linhas, fora delas e alguns metros acima da superfície verde, o Boca Juniors era espetacular através de dezenas de milhares de vozes nas arquibancadas. O canto era forte, embora o time não tivesse um volume de jogo igualmente imponente. A movimentação era intensa, com torcedores o tempo todo se balançando e sacodindo bandeiras e faixas em azul e amarelo, embora os jogadores raramente apresentassem algum lampejo de insipiração. Há que se respeitar o Boca. Com Bianchi e Riquelme, mais ainda. Os números mostram bem as razões para isso. Mas, mais do que tudo isso, há que se exaltar o Boca. Com essa torcida, até partidas de desenrolar desinteressante tornam-se uma atração marcante.

O Newell's talvez seja favorito para a classificação pelo fator campo. Mas, assim como o Newell's de Martino (que venceu o Vélez nas oitavas e empatou com o Boca), o time comandado por Bianchi também sabe jogar fora de casa. Resta saber se o suficiente para seguir adiante no torneio continental. E, em conseqüência, termos novas oportunidades de assistir o espetáculo proporcionado pela apaixonada e apaixonante torcida xeneize.

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