sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Eficiente, Japão Elimina Brasil No Futebol Feminino

A seleção feminina brasileira caiu para as japonesas na fase quartas-de-final nas Olimpíadas de Londres 2012. Analisando friamente a estatística, essa foi a pior campanha olímpica das mulheres do "país do futebol [masculino]". Mas vendo o jogo, é necessário fazer justiça: o time comandado por Jorge Barcellos começou bem a partida, dominou as ações, pressionou o Japão. Não aproveitou nenhuma oportunidade criada e, no momento em que as nipônicas melhoraram em campo e passaram a se sobressair, tiveram a felicidade de abrir o placar, com gol aos vinte e sete minutos, em lance de descuido da última linha de defesa brasileira, que permitiu que Ogimi recebesse cobrança de falta pelas costas da marcação e avançasse bem à vontade em direção à baliza.

A equipe brasileira não reagiu bem ao revés parcial e rumou para o vestiário com um rendimento abaixo daquele que era visto nos primeiros vinte minutos de jogo. Na etapa complementar, Marta continuou sem encantar (a camisa dez tantas vezes nomeada melhor do mundo não era nem sobra de si mesma) e a defesa cometia novas falhas. E foi jogando no erro brasileiro que, novamente aos vinte e sete minutos, o Japão chegou ao gol: Ohno foi lançada, limpou a marcação e finalizou lindamente, mandando no travessão e na rede. 2a0 para as japonesas.

Barcellos tardou a fazer alterações numa equipe visivelmente abatida psicologicamente e, por conseqüência, perdida do ponto de vista tático, contrastando fortemente com os minutos iniciais de partida. Por conta dessa queda de produção e da eficiência japonesa, o resultado acabou sendo justo. O Japão, atual campeão mundial, avança para enfrentar a França na semifinal olímpica. O Brasil já pode, ou melhor, deve, pensar nas Olimpíadas do Rio 2016. E precisará de um planejamento sólido, absolutamente diferente do descaso atual, onde a diferença ao tratamento dado a homens e mulheres nessa modalidade beira o sexismo. Olhando por esse ângulo, o país realmente não merecia uma medalha. Elas, sim, por mesmo diante de tudo isso estarem aí, vestindo a camisa e correndo atrás. Que elenco e nação façam por merecer a conquista do ouro daqui a quatro anos.

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