quinta-feira, 26 de abril de 2012

Zzzero A Zzzero Sob Medida

Foi de dar sono a partida entre Internacional e Fluminense. A começar pelo horário "pós-novela", escolhido pela emissora detentora dos direitos de transmissão. Até quando teremos de conviver com essa tirania? Fugindo das questões extra-campo (embora isso provavelmente gere influência no jogo em si), Inter e Flu não atuaram bem no estádio Beira-Rio. Aplicados na marcação, muitas das vezes iam com excesso de força nas disputas de bola - para se ter uma idéia, com vinte e sete minutos o time visitante havia cometido pelo menos dez faltas assinaladas pelo árbitro Paulo César de Oliveira.

Com a bola nos pés, os conjuntos de Dorival Júnior e Abel Braga mostravam dificuldades para criarem jogadas envolventes. Talvez isso se deva às ausências de Andrés D'Alessandro e Wellington Nem, mas acho que dava para esperar mais do sistema de jogo de ambos os times, pois haviam outros jogadores talentosos de um lado e de outro. As tentativas até aconteceram, mas a execução das jogadas era problemática. Ilustra essa afirmação a estatística de que, de treze bolas levantadas por cada equipe, nenhuma foi cabeceada a gol. Nenhuma. De treze. E estamos falando de times que contam com Leandro Damião e Fred...

No segundo tempo, o Internacional teve duas grandes chances de tirar o zero do placar. Mas Diego Cavalieri, que disse ter assistido a partida entre Real Madrid e Bayern de Munique, horas antes de entrar em campo, parece ter se inspirado no alemão Manuel Neuer e no espanhol Iker Casillas, que haviam pego cada um duas penalidades. Pois bem, Cavalieri escolheu o canto esquerdo e lá foi buscar o pênalti cobrado por Dátolo, que ainda bateu na trave antes de sair em escanteio. Detalhe no lance é que Dorival teria orientado o goleiro Muriel a pedir para que Nem efetuasse a cobrança. Mas o argentino bateu assim mesmo e deu no que (não) deu.
Diego Cavalieri defende cobrança de pênalti efetuada por Jesús Dátolo: qualquer semelhança com Manuel Neuer e Iker Casillas pode não ser mera coincidência.

A oportunidade derradeira deu-se no último minuto, quando Jô, que entrou no segundo tempo, chutou, a bola desviou na marcação e tomou o rumo da trave esquerda. Cavalieri, totalmente batido no lance, parece ter defendido com a força do pensamento. Talvez não muito diferente do que seu companheiro de profissão, Neuer, fizera na hora da cobrança de pênalti isolada por Sergio Ramos. E por falar em goleiros, vamos aqui deixar um feliz dia do goleiro registrado. Zero a zero é o típico placar que muitas das vezes não agrada o torcedor, mas que certamente soa bem para aqueles encarregados de evitar que a bola entre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário