sábado, 4 de fevereiro de 2012

Na Neve, Manchester City Atola O Fulham: 3a0

Mesmo desfalcado de algumas figuras expressivas no esquema tático do treinador italiano Roberto Mancini e enfrentando severas condições climáticas nesse inverno europeu, o Manchester City conseguiu realizar uma boa partida e triunfar em seu estádio com uma goleada por 3a0 sobre o Fulham. Líder na Premiership com 57 pontos ganhos em 24 jogos (18 vitórias e apenas 3 derrotas até o momento), os Citizens registram o ataque mais efetivo (63 gols marcados) e a defesa menos vazada (19 vezes). Será difícil a tarefa do Manchester United de renovar o título nacional: a equipe comandada por Alex Ferguson encontra-se três pontos atrás, com um jogo em débito (enfrenta nada menos do que o Chelsea, em Stamford Bridge, nesse domingo). Já o Fulham, em décimo quarto lugar com 27 pontos, deverá concentrar seus esforços em evitar o descenso. Tem time para isso, embora a atuação nesse sábado não tenha sido das melhores.

O jogo

O holandês Martin Jol, treinador do Fulham, vinha com um retrospecto pra lá de favorável diante do City: nos últimos sete encontros, foram seis vitórias e um empate. Mas retrospecto não entra em campo em partidas de futebol, e o que se viu desde o início de jogo foi uma superioridade técnica e tática do time da casa. O placar foi inaugurado aos nove minutos, com o argentino Sergio "Kun" Agüero convertendo pênalti assinalado por Michael Leslie Dean em disputa entre Adam Johnson e Christopher Baird no interior da área. Chris Baird ainda teria outra infelicidade após nova jogada de Johnson pela direita: na tentativa de cortar um cruzamento mascado, Baird marcou contra. 2a0 Manchester City, aos vinte e nove minutos.

A maré tava tão braba pro Fulham que, dois minutos depois, foi a vez do zagueiro suíço Philippe Senderos jogar contra o patrimônio - mas dessa vez o goleiro australiano Mark Schwarzer conseguiu evitar que a bola pudesse encontrar a rede. O Manchester City sabia variar suas investidas, causando dificuldades pelo lado direito (com Johnson), pelo centro (com Sergio Agüero) e pela esquerda (com o espanhol David Silva). O trio atuava num nível bom o suficiente para que a atuação apagada do francês Samir Nasri em nada comprometesse o jogo ofensivo da equipe mandante, que conseguia fazer diversas jogadas de aproximação com o atacante bósnio Edin Dzeko. O Fulham pouco conseguia fazer com a posse de bola, só arrumando algo de interessante basicamente quando o estadunidense Clint Dempsey ou o irlandês Damien Duff conduziam a redonda. Os dois descolaram cada qual uma finalização na primeira etapa, ambas passando à direita da meta defendida por Joe Hart.

No segundo tempo, o Fulham até conseguiu subir de produção. Possivelmente temendo pelo pior, aos nove minutos Mancini trocou Nasri por James Milner, fortalecendo o combate no meio de campo. Jol, por sua vez, queria mais era ver seu time freqüentando o campo de ataque, e aos vinte e três minutos colocou o costa-riquenho Bryan Ruiz no lugar do nigeriano Dickson Etuhu. Naquela altura, a neve se intensificou ao ponto da partida precisar ser paralisada pela arbitragem: era praticamente impossível ver as linhas da área, confundidas com o branco dos flocos de neve. Após uma rápida intervenção de funcionários munidos de pás e muita boa vontade, o jogo reiniciou e não demorou muito para o City marcar pela terceira vez: aos vinte e seis, Adam Johnson deu o ar da graça pelo flanco esquerdo, passou para Agüero, o argentino passou como quis por Senderos e serviu Dzeko, que completou para a rede. Foi a última "participação" de Senderos no jogo, saindo de campo para dar lugar ao norueguês John Arne Semundseth Riise, outro experiente defensor no elenco do Fulham (vale registrar que, minutos antes de ser substituído, Senderos havia dado sinais de sentir uma lesão no joelho e Riise já estava se arrumando para entrar).

O City passou a administrar o resultado e Mancini tratou de preservar seus jogadores num campo que ia ficando cada vez mais pesado sob aquelas condições de neve. Saíram Agüero e Dzeko para as entradas do holandês Nigel De Jong e do chileno David Pizarro. Cada time teve uma ou outra chance de mexer no placar, mas o 3a0 permaneceu. Agora a bola está com os funcionários que trabalham no estádio: tem muita neve para ser removida do gramado...

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