domingo, 27 de novembro de 2011

Paraná Vence Bragantino E Equipes Se Reencontram Em 2012

O estádio Durival de Brito e Silva reuniu duas equipes com objetivos idênticos no jogo e distintos na competição. Ambos buscavam a vitória, sendo que no time da casa o triunfo era para garantir a permanência na Série B e no visitante era para ter chance de tirar o 4º lugar do Sport, subindo para a A. No final, a vitória paranista por 1a0 já não mudaria muita coisa: o Icasa, derrotado pela Portuguesa, era o 4º clube rebaixado; o Sport que venceu o Vila Nova, era o 4º clube promovido.

O jogo

Escancarando a já sabida relevância do resultado entre Vila Nova e Sport para as pretensões do Bragantino, o jogo teve um considerável atraso para ser iniciado, o que permitia aos elencos ter conhecimento do placar no estádio Serra Dourada.

Com bola rolando, o Bragantino teve tudo para abrir o placar aos dezesseis minutos. Tudo, exceto o aval da arbitragem de Paulo Henrique de Godoy Bezerra. Em contra-ataque de ligação direta, Léo Jaime foi lançado, dividiu fora da área com o goleiro Zé Carlos e concluiu o lance chutando para o gol vazio. Só que o árbitro entendeu que Léo Jaime tocou com o braço na bola no momento da dita dividida - um equívoco, pois a imagem da repetição do lance mostra que a bolada foi no rosto do atleta, o que de forma alguma invalidaria a jogada.

O Bragantino, prejudicado no apito, até teria pelo menos outras duas chances de abrir o placar no primeiro tempo (ambas em finalizações de Marcinho). Aos vinte e oito minutos, o meio-campista chutou firme de fora da área e Zé Carlos posicionou-se bem para defender em dois tempos. Aos quarenta e sete minutos, o mesmo Marcinho chutou novamente de fora da área, a bola tinha o endereço do quadrante quatro, mas o goleiro Zé Carlos realizou linda defesa ao espalmá-la para escanteio. Só que o time da casa também teve chances desperdiçadas a lamentar no primeiro tempo. O goleiro Gilvan fez grande defesa em chute forte de Lucas Lima, aos trinta e quatro minutos. E voltaria a trabalhar bem aos quarenta e três, rebatendo chute de Dinélson de fora da área - no rebote, Giancarlo chegou na bola mas isolou a chance mais clara de gol dos donos da casa na primeira etapa.

Quando o segundo tempo começava para Paraná e Bragantino, ele já estava bem adiantado no estádio Serra Dourada. E o Bragantino acabou tomando um duro golpe. Pior, dois. Num curto intervalo de tempo, saiu o gol do Paraná e também do Sport. Aos seis, Jéfferson Maranhão exibiu habilidade pelo lado esquerdo e tocou para Lucas Lima. O lateral-esquerdo cruzou rasteiro e encontrou o próprio Jéfferson Maranhão na área, que finalizou de primeira para inaugurar o marcador, indo comemorar com a torcida e fazendo gestos em referência a uma das facções presente nas arquibancadas. Lá em Goiânia, o gol aconteceu antes porém depois. Antes no sentido de mais cedo, depois no sentido de cronômetro: como a partida no Durival de Brito iniciou com atraso, o gol de Bruno Mineiro aos quinze minutos aconteceu anteriormente ao de Jéfferson Maranhão, aos seis.

Ciente que nenhum dos dois resultados o interessavam, o treinador Marcelo Veiga decidiu "chutar o balde" do ponto de vista tático e realizou três substituições para atacar a qualquer custo o time adversário. Entraram Deyvid Sacconi, Luís Mário e mais tarde Finazzi (que acompanhava Vila Nova e Sport via telefone móvel, sentado no banco de reservas), saíram Luiz Carlos, Murilo Ceará e Marcinho. Ou seja, menos gente para defender, mais gente para chegar na área oponente.

Tal postura da equipe visitante deixou a partida com ares de "pelada", possibilitando aos paranistas bastante espaço para contra-atacar. Num dos mais perigosos, aos trinta e seis minutos, Douglas Packer (que entrara no lugar de Dinélson doze minutos antes), chutou da entrada da área e mandou perto do ângulo esquerdo. O Bragantino também teve uma ou outra oportunidade de mexer no placar, como por exemplo no lance em que o goleiro Zé Carlos salvou o Paraná chegando antes de Lincom no rebote de uma bola que batera no travessão, aos vinte e um minutos. Mas o fato é que, com a notícia do encerramento da partida entre Vila Nova e Sport, não havia nada que o Bragantino pudesse fazer para retornar à Série A. O próprio blogueiro, refém da transmissão da partida, não pode comentar os últimos minutos de jogo porque as imagens da festa do Sport em Goiânia tomaram conta da tela.

Agora, o Paraná Clube terá um desafio pela frente: disputar a Série B estadual e nacional simultaneamente, já que o calendário da segunda divisão paranense "conflitua" com o da segunda divisão brasileira. E pode ter certeza que a torcida vai pressionar pelo acesso em ambas as competições. Uma faixa estendida na partida diante do Bragantino já deu o recado: 'Nenhuma vitória irá apagar a humilhação que nos fizeram passar. 1ª divisão já!'.

P.S.: quanto aos pitacos da rodada, o blogueiro acertou metade dos palpites. Não fossem os gols de empate marcados por Ponte Preta e Duque de Caxias nos minutos finais diante de Náutico e Boa, respectivamente, o índice de acertos teria saltado para setenta porcento.

Outros resultados

Sexta-feira
Grêmio Barueri (9º) 2a1 (19º) Salgueiro

Sábado
ABC (10º) 3a1 (8º) Americana
Vila Nova (18º) 0a1 (4º) Sport
Náutico (2º) 2a2 (3º) Ponte Preta
Duque de Caxias (20º) 2a2 (7º) Boa
Guarani (12º) 2a0 (11º) Goiás
São Caetano (15º) 1a0 (14º) Criciúma
ASA (16º) 1a2 (5º) Vitória
Icasa (17º) 0a2 (1º) Portuguesa

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