quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atlético De Madrid Vence Celtic Em Glasgow E Avança Na Liga Europa

O Atlético de Madrid, que na temporada retrasada faturou o título na Liga Europa, foi até Glasgow e venceu o Celtic por 1a0, garantindo vaga na próxima fase da competição que tem o Porto como atual campeão. Para confirmar o 1º lugar no grupo I, basta que a equipe espanhola consiga pelo menos um empate dentro de casa diante do já eliminado Rennes. Caso perca, a liderança virá em caso de tropeço da Udinese diante do Celtic. O time escocês, por sua vez, precisa de uma vitória em Údine para se classificar à próxima fase do torneio.

O jogo (confira como foi a transmissão da partida em tempo real)

A beleza da partida entre Celtic e Atlético de Madrid começou antes de a bola rolar. Com silêncio absoluto no estádio Celtic Park, o público presente prestou homenagem ao galês Gary Speed, que desencarnou no último domingo, aos quarenta e dois anos de idade. Após o respeitoso minuto de silêncio, vieram os sons dos aplausos ao ex-jogador e técnico da seleção galesa. E, do apito inicial ao final, a torcida da casa fez barulho quase ininterruptamente, incentivando a equipe local a partir pra cima do adversário, mostrando que os comandados de Neil Lennon não caminhariam sozinhos.

Com bola rolando, não demorou quase nada para ficar explícita a diferença de nível técnico entre as equipes, onde o time visitante era claramente superior. Só que nem por isso o Celtic se acovardou e muito menos a fanática torcida deixou de fazer festa nas arquibancadas, o que promoveu uma partida franca, com os dois conjuntos buscando o ataque. Faltava, porém, inspiração. Quando a bola chegava na proximidade da área, quase sempre os jogadores optavam pela jogada aérea. Vez ou outra até levavam perigo e colocavam os goleiros para trabalharem, mas faltava algo de diferente para que a rede balançasse. Aos vinte e nove minutos, uma nova tentativa de jogada pelo alto foi afastada parcialmente pela defesa do Celtic, mas o meio-campista turco Arda Turan pegou a sobra com liberdade e chutou de fora da área, no canto esquerdo, marcando 1a0 para os visitantes.

Seis minutos após marcar o gol, Arda Turan fez boa jogada individual ao carregar a bola margeando a linha da grande área e tocou de lado para Gabriel Arenas, o Gabi - só que o chute do camisa catorze passou à direita. Pelo lado do Celtic, as principais jogadas de ataque costumavam passar pelos pés do participativo grego Georgios Samaras. Aos quarenta minutos, Samaras passou pela marcação do colombiano Luís Perea e tocou para o irlandês Anthony Stokes, que cruzou rasteiro uma bola que só não chegou em James Forrest porque o brasileiro Filipe Luís não deixou, fazendo o corte.

Se aos trinta e sete minutos do primeiro tempo o treinador norte-irlandês Neil Lennon teve de fazer uma substituição forçada (contundido, o galês Joseph Ledley deu lugar para Charles Mugrew), no intervalo Lennon tratou de deixar o time mais ofensivo, colocando o meia inglês Gary Hooper no lugar do volante queniano Victor Wanyama. Com a mexida, o sul-coreano Ki Sung-Yong foi ligeiramente recuado como uma espécie de segundo volante na equipe da casa. E, se vez ou outra se deixava envolver pelo toque de bola adversário, Sung-Yong subiu de produção de modo a melhorar significativamente a meiuca alvi-verde. Mas não foi com bola rolando que o Celtic se aproximou do empate: aos vinte e um minutos, Ki Sung-Yong cobrou falta pela esquerda com enorme categoria e só não fez estufar o quadrante quatro porque o jovem goleiro belga Thibaut Courtois (olho nele, tem apenas dezenove anos de idade) realizou grande intervenção ao espalmar a redonda pela linha-de-fundo. Na cobrança de escanteio aí originada, a bola chegou em Stokes e dele foi para o fundo da rede, só que a arbitragem anulou o gol alegando impedimento no lance.

Nove minutos depois da jogada invalidada, Stokes deixou o campo (muito provavelmente por motivos físicos) e Scott Brown entrou em seu lugar. Era o terceiro escocês dentro de campo, provando o quanto o futebol naquele país também está inserido nos moldes da globalização. A torcida escocesa não cessava de cantar e era o maior trunfo do Celtic no jogo. Só que, no gramado, a desenvoltura do time não correspondia à performance ouvida nas arquibancadas e o placar de 1a0 acabou se confirmando.

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