quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Rigidez Tática, Ânimos Exaltados E Pouco Futebol No Clássico Da Cidade De Manchester

A 12ª rodada pela Premiership, que teve início na terça-feira com duas partidas, foi concluída nessa quarta com os oito jogos restantes. O Jogada De Efeito acompanhou os acontecimentos do clássico da cidade mais industrializada da Inglaterra, realizado no City Of Manchester Stadium, tendo narrado o empate por 0a0 em tempo real através do "Twitter".

A torcida do time da casa fez a sua parte, incentivando os Citizens com bastante barulho vindo das arquibancadas, que contava com mais de 47.000 espectadores. Mas a proposta de jogo do treinador Roberto Mancini estava longe de corresponder aos anseios dos adeptos, que acabaram por assistir um Manchester City pouco desenvolto, sendo presa fácil para a marcação do United.

O jogo

Se no tópico anterior havíamos falado a respeito de jogadores irem a campo mesmo sem estar no melhor de suas condições físicas, o Manchester United ofereceu-nos pelo menos quatro exemplos numa tacada só: Nemanja Vidic, Patrice Evra, Paul Scholes e Dimitar Berbatov, mesmo resfriados, foram ao jogo na condição de titulares da equipe de Alex Ferguson. Qualquer semelhança com aquela postagem de ontem não deve ser considerada mera coincidência, tampouco poder de vidência por parte do blogueiro.

O fato é que o jogo era bastante pegado e em raríssimas ocasiões pintava alguma oportunidade de gol. Carlos Tévez mostrava aquela disposição e entrega que lhe são habituais, mas encontrava-se muito isolado no setor de ataque, com a aproximação quase exclusiva de David Silva, que não estava numa noite das mais inspiradas. A chance mais aguda antes do intervalo deu-se em lance de bola parada: aos 35 minutos, Tévez cobrou falta buscando o ângulo e Edwin van der Sar foi bem no lance para saltar e espalmar em escanteio.

Nos acréscimos da etapa inicial, houve um lance mais tenso. Não, ninguém estava se aproximando do gol adversário. O que ficou perto de haver foi uma confusão entre Tévez e o jovem lateral direito brasileiro Rafael, que se desentenderam e transpareceram ira um perante o outro. O árbitro Chris Foy não consegui acalmar os ânimos de argentino e muito menos de brasileiro e, mesmo assim, negou-se a tirar algum cartão do bolso.

Veio a segunda etapa e Rafael foi colocado para fora de campo aos 3 minutos. Não, o atleta do Manchester United não foi expulso: por motivos físicos, Alex Ferguson o trocou pelo veterano Wes Brown. Brown, bastante acionado pelo flanco direito, participaria bem aos 11 minutos: o camisa 6 cruzou na área e Berbatov conseguiu finalizar de voleio, mas Joe Hart defendeu. No mesmo minuto viria a resposta do Manchester City: Tévez fez bela jogada individual mas finalizou fraco demais para superar Edwin van der Sar.

O jogo se arrastava e as chances seguiam escassas. Por falar em arrastar, Ferguson precisou fazer sua segunda substituição por motivos físicos: Evra, se arrastando, saiu do gramado aos 22 minutos para dar lugar ao irlandês John O'Shea. 5 minutos depois, Mancini mexeu pela primeira vez: saiu James Milner para a entrada de Adam Johnson.

Era notório que o desenvolvimento do jogo levava a partida para um inevitável 0a0. E o que mais incomodava esse blogueiro é o fato de ambos os times contarem, no banco de reservas, com jogadores capazes de mudar a história do jogo em uma jogada individual - casos de Emmanuel Adebayor e Javier Hernández. Ferguson pareceu atender a esse apelo e, aos 32 minutos, realizou a 3ª troca ao tirar Berbatov e colocar o mexicano em campo. Já Mancini parecia absorto em seu estilo burocrático de encarar o futebol, trocando, dois minutos depois, Jérôme Boateng por Aleksandar Kolarov, puxando Pablo Zabaleta para a lateral esquerda.

Aos 40 minutos, Zabaleta teria uma chance de abrir o placar. Teria não, teve. Acontece que o argentino demorou a acreditar que a bola chegaria nele do jeito que chegou e, apesar disso, até que não foi tão mal: fez o corte pra limpar o lance e chutou perto do travessão. Talvez fosse a bola do jogo caso caísse nos pés de Adebayor. Mas, pasmem, o togolês seguia sentado no banco de suplentes.

Aos 44 minutos, Hernández recebeu pelo lado esquerdo e, não fosse a noção exata de tempo de Kolo Touré, a finalização de "Chicharito" teria ido ao gol. Mas o zagueiro marfinense interviu cortando para escanteio com um carrinho certeiro.

Foy prometia jogo até os 49 minutos e, acredite, Mancini resolveu colocar Adebayor em campo nos acréscimos! Parece brincadeira (ou será que há algum "racha" no elenco?), mas o atacante acabou entrando em campo aos 48 minutos, no lugar de Tévez. É tanto desperdício de talento que o apito final anunciou um 0a0 justo. A não ser para a torcida, que merecia algo melhor do que aquilo que lhe foi ofertado.

Outros resultados

Terça-feira
Stoke City (16º) 3a2 Birmingham (17º)
Tottenham (7º) 1a1 Sunderland (8º)

Quarta-feira
West Ham (20º) 2a2 West Bromwich (11º)
Wigan (18º) 1a1 Liverpool (9º)
Wolverhampton (19º) 0a2 Arsenal (3º)
Aston Villa (10º) 3a2 Blackpool (14º)
Chelsea (1º) 1a0 Fulham (15º)
Newcastle (5º) 1a2 Blackburn (13º)
Everton (12º) 1a1 Bolton (6º)

A próxima rodada terá oito partidas no sábado e duas no domingo. Entre as partidas de sábado estarão as das equipes que abordamos nesse tópico. O United estará novamente na condição de visitante, com a missão de ir ao Villa Park enfrentar o Aston Villa. Pouco mais tarde, os Citizens jogam novamente dentro de casa, recebendo desta vez o Birmingham.

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