quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Nos 77 Anos De Garrincha, Segue O Sonho Alvinegro

O Botafogo recebeu o Atlético Goianiense no Engenhão, venceu por 3a2, chegou ao 3º triunfo consecutivo na competição (11 jogos de invencibilidade) e, com o empate do Fluminense e a derrota cruzeirense, terminará a rodada mais perto da liderança do torneio: a diferença que era de seis pontos caiu para quatro. A equipe visitante não entrou na zona de descenso, mas encontra-se com uma margem de apenas um ponto da mesma (Guarani e Atlético Mineiro, que não saíram do zero em Campinas, aparecem na cola).

Na ilustração desta postagem, uma homenagem (realizada antes de a bola rolar) para um dos maiores jogadores da história do futebol: Manoel dos Santos, vulgo Mané Garrincha (18.10.1933 a 20.01.1983), também conhecido como "o anjo das pernas tortas".

O jogo

Sem contar com os laterais titulares (o direito Alessandro cumpria suspensão e o esquerdo Marcelo Cordeiro recupera-se de contusão), Joel Santana inovou ao colocar Caio com a camisa e a função de um número 2. Pelo outro lado, Somália fazia a lateral, embora o camisa 6 fosse Fahel, que atuava como volante.

Apesar de correr bastante e buscar a iniciativa do jogo, o Botafogo esbarrava na bem montada marcação adversária e pouco era capaz de criar. Como também eram raros os momentos de maior lucidez por parte do Atlético, o jogo parecia que iria zerado para o intervalo. Apenas parecia. É que aos 43 minutos, veio o primeiro gol do jogo: Jóbson recebeu próximo da linha lateral esquerda, encarou a dupla marcação adversária, carregou e rolou para Marcelo Mattos. O camisa 8 fez cruzamento certeiro para o miolo da área e Caio apareceu para cabecear. Foi o primeiro gol do "Talismã" desde o Campeonato Estadual, fazendo questão de ir comemorar com os torcedores alvinegros que estavam no Setor Norte do estádio Olímpico João Havelange.

O gol no final da etapa inicial teve uma importância moral e prática para o time da casa: a torcida passou a ficar mais eufórica, apoiando a equipe com menos inibição, e a retranca adversária era desmontada, pois os comandados de René Simões não tinham qualquer interesse em voltar para casa sem pontuar. No intervalo, Joel Santana mexeu na zaga: saiu Márcio Rozário, que fez algumas boas intervenções no primeiro tempo, e entrou Danny Morais. Outra modificação foi entre Caio e Somália, que trocaram de lado na segunda etapa.

O segundo gol alvinegro veio aos 4 minutos: após sobra de bola, Somália passou para Jóbson, que de dentro da área chutou com força, de perna esquerda, sem defesa para o goleiro Márcio.

Com uma desvantagem ainda maior no placar, as trapalhadas do sistema defensivo atleticano se acentuavam. Pouco depois do 2a0, Jóbson recebeu livre pelo lado direito da área, ficou cara-a-cara com Márcio mas acabou tendo a finalização bloqueada pelo goleiro.

Se Héber Roberto Lopes ignorou um pênalti em "Loco" Abreu na primeira etapa, o cometido por Pituca em Lúcio Flávio não passou em branco. Aos 19 minutos, o camisa 13 uruguaio tratou de fazer a cobrança e mandar a bola no quadrante 3, com força, marcando 3a0 Botafogo.

Com a confortável vantagem de 3 gols que já transmitia a certeza de mais 3 pontos conquistados, o Botafogo ficou menos vibrante, vindo a aceitar o jogo dos visitantes, que passaram a dominar as ações. Naquela altura, René já havia realizado uma dupla substituição (que se consumou com o placar ainda em 2a0: Thiago Feltri por Elias e Marcão por Josiel) e o Atlético ia conseguindo organizar melhor as investidas ofensivas. Por falar em substituição, um dos momentos mais marcantes do jogo aconteceu quando, aos 31 minutos, Lúcio Flávio deu lugar para Edno. Acostumado a ouvir aplausos e vaias quando sai do gramado, o camisa 10 dessa vez foi ovacionado pelos quase 20.000 presentes, protagonizando um momento muito bacana, que certamente deve levantar a autoestima do jogador.

Numa das primeiras participações de Edno, o meia-atacante cobrou falta pra área, Antônio Carlos chegou na bola, ajeitou e chutou firme, contando com falha de Márcio para estufar a rede goiana. Porém, foi marcada uma suposta falta do zagueiro antes de receber a bola e a jogada foi invalidada. Com 37 minutos, Renatinho passou para Juninho, que cortou Leandro Guerreiro e chutou cruzado: a bola desviou levemente em Danny Morais e passou pelo goleiro Jéfferson, no primeiro gol sofrido pelo Botafogo desde o empate por 1a1 com o Guarani, 5 rodadas atrás.

Minutos depois, Elias deu bonito chute de fora da área e Jéfferson apenas acompanhou a bola passar a alguns centímetros de distância do quadrante 1. O Botafogo respondeu: Renato Cajá - que entrara na vaga de Somália, tendo este deixado o campo no carrinho da maca - lançou Jóbson no flanco direito, o camisa 9 avançou e cruzou no capricho para Abreu, que cabeceou mirando o contrapé do goleiro, mas acabou sendo bloqueado pelo zagueiro que o acompanhava. A bola saiu em escanteio e, na sobra, fez-se o contra-ataque do Atlético Goianiense: Róbston avançou do campo de defesa, chegou na intermediária ofensiva sem receber combate, tocou para Renatinho e recebeu de volta, chutando de primeira no canto esquerdo para marcar o 2º gol atleticano, garantindo mais um momento de alegria para a dupla de torcedores que marcava presença no Setor Sul do estádio. Como prometera 3 minutos de acréscimo, Héber encerraria o jogo na saída de bola alvinegra. O mais pessimista dos botafoguenses deve ter agradecido o apito final, até porque diz aquela máxima que "há coisas que só acontecem com o Botafogo"...

2 comentários:

  1. Gostei da postagem. É o Papai Joel encostando cada vez mais. Domingo os compromissos das três equipes que estão a frente do Bota são bem complicados. Enquanto isso, o alvinegro pega o Avaí fora de casa. Lembra do jogo contra oos Catarinenses na reta final, em 2009? Mas naquela ocasião foi no Engenhão. Dessa vez será na Ressacada. O que será que Joel vai arrumar lá?

    Ah! Peguei sua postagem emprestada ok? Dá uma olhada lá no Craques.

    PS: Obviamente coloquei créditos na postagem.

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  2. Aquele Botafogo e Avaí em 2009 recebeu um grande público no Engenhão, que apoiou a equipe mesmo com uma desvantagem de 2a0 no placar (na segunda etapa, o time buscou o empate). Foi uma energia muito bacana!

    Creio que este jogo na Ressacada será ainda mais difícil, mas Joel conhece o grupo que tem em mãos e certamente buscará a vitória para manter a chama da esperança alvinegra devidamente acesa.

    Valeu, uma honra ter a postagem publicada no Craques!

    Abraços.

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