domingo, 7 de novembro de 2010

Na Ressacada, Um Ponto Ganho Para Dois Perdidos

Em Florianópolis, o Avaí contou com o apoio de seus torcedores, foi ao ataque para buscar a vitória, mas esbarrou em grande atuação do goleiro Jéfferson, principal nome da partida. O Botafogo teve atuação abaixo do que se espera de uma equipe que visa o título nacional - enquanto Jéfferson justificava porque é goleiro de seleção, lá na frente muito pouco de produtivo acontecia.

Para a próxima rodada, ambos os times atuarão na condição de visitante. O Botafogo pega o Ceará ciente de que somente uma vitória manterá as esperanças alvi-negras acesas para as rodadas seguintes, quando fará duas partidas seguidas no Engenhão. Já o Avaí enfrenta o Internacional sabendo que apenas a vitória lhe dará chances de terminar a rodada fora da zona indesejada.

O jogo

Com 105 segundos de partida, o Botafogo já havia cometido 3 faltas. O Avaí tentava de todas as formas um meio de chegar ao gol e deu o primeiro chute perigoso aos 5 minutos, em bola mandada por Válber à esquerda da meta.

Com 17 minutos, a estatística das faltas cometidas já estava empatada em 4 para cada lado. E seguia sendo o clube catarinense a equipe mais disposta a atacar: aos 25 minutos, Roberto deu um chute lascado e Patric chegou para, na dividida com Jéfferson, mandar pra rede. Porém, o lateral direito estava bastante adiantado em relação ao penúltimo homem e o impedimento foi corretamente assinalado.

Demorou 32 minutos, mas finalmente o Botafogo conseguiu uma boa chegada: Jóbson avançou pela direita, venceu a marcação, chegou à linha-de-fundo e tocou para Sebástian "El Loco" Abreu, que chegou chutando de primeira, mandando acima do travessão. O uruguaio recebeu os cumprimentos de Jóbson e uma reclamação de Edno, para o qual disse não ter ouvido o pedido de deixar a bola passar.

Aos 33 minutos, saiu o primeiro cartão amarelo do jogo, dado para o zagueiro Danny Morais por falta no atacante Roberto. Seis minutos mais tarde, veio o segundo cartão do jogo: se tanta gente já havia cometido falta, a punição acabou indo para quem estava fazendo a sua primeira na partida, para irritação de Antônio Carlos, que terá de cumprir suspensão automática e desfalcará a equipe no Castelão. Aos 39 minutos, a primeira amarelada para jogadores avaianos também teve caráter suspensivo: o zagueiro Rafael não jogará a partida no Beira-Rio.

Com bola rolando, o Bota chegou novamente aos 42 minutos, quando Jóbson deu chute cruzado, Zé Carlos rebateu e Abreu, bem marcado, não teve espaço para uma nova finalização.

Na ida para o intervalo, o treinador Vágner Benazzi fez algo que estamos pouco acostumados: elogiou o colega de profissão. "O Botafogo tem vencido jogos no segundo tempo assim, arrumadinho e acertando os contra-ataques. Tá de parabéns o Joel", disse Benazzi, após desabafar quanto às críticas que o rotulavam como "retranqueiro": "só pode ser brincadeira, coloquei o time todo pra frente".

A segunda etapa começou semelhante à primeira: o Avaí tomava a inciativa e, quando concluía, não conseguia superar o goleiro Jéfferson, que mostrava muita segurança e senso perfeito de posicionamento. Por falar em "colocar o time pra frente", lá foram Benazzi e Joel Santana promover mudanças em suas equipes. Pelo time da casa, Válber deu lugar a Daniel Tiago. Os visitantes trocaram o improdutivo Lúcio Flávio por Renato Cajá e, pouco depois, o lateral direito Alessandro pelo atacante Caio.

Quem mais saiu ganhando foi o Botafogo que, com a boa entrada de Cajá, passou a encaixar ataques perigosos. O primeiro deles aconteceu um minuto após a entrada do camisa 17: aos 18', Abreu puxou contra-ataque, acionou Renato Cajá, que seguiu em velocidade e acabou sendo atrapalhado por Jóbson, que participou do lance em posição de impedimento.

Com 23 minutos, nova baixa no Botafogo por motivos de suspensão: Marcelo Mattos parou contra-ataque avaiano com falta e recebeu o 3º cartão amarelo.

Na marca de 37 minutos, quase o Alvi-Negro abre o placar em lance onde os jogadores acertaram e a arbitragem errou: Renato Cajá acertou o passe, Jóbson acertou a finalização e Zé Carlos acertou o tempo da bola para dar leve desvio para escanteio. Acontece que o auxiliar não viu impedimento do atacante botafoguense e nem o árbitro viu o toque do goleiro, marcando tiro-de-meta.

Entre erros e acertos, aos 39 minutos pintou a última grande chance de gol da partida: Patric armou pro chute mas acabou pegando tão mal na bola que o que seria uma finalização virou um passe para o lado esquerdo. De lá veio um toque para o meio da área e, no remate frontal, Jéfferson fez uma defesaça, esbanjando reflexo e velocidade para levar a mão esquerda até a bola e garantir pelo menos um ponto ao Botafogo.

Outros resultados

Ontem
Atlético Mineiro (16º) 2a2 Santos (7º)
Grêmio (6º) 5a1 Ceará (12º)
Atlético Goianiense (15º) 2a2 Internacional (8º)

Hoje
Vitória (14º) 0a1 Cruzeiro (3º)
São Paulo (9º) 0a2 Corinthians (2º)
Grêmio Prudente (20º) 4a1 Goiás (19º)
Palmeiras (10º) 1a0 Guarani (17º)
Flamengo (13º) 0a1 Atlético Paranaense (5º)
Fluminense (1º) 1a0 Vasco (11º)

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