sexta-feira, 11 de junho de 2010

Entre Uruguai E França, 0a0 É Tradição

Em jogo que completou a 1ª rodada pelo grupo A da Copa do Mundo 2010, 3 títulos mundiais estiveram no gramado da Cidade do Cabo, numa partida que foi de dar sono na maior parte do tempo. Mas, ao som das vuvuzelas, a coisa mais difícil a se fazer é dormir.

Com 6 minutos de partida, Franck Ribèry deu uma daquelas arrancadas que lhe são características, chegou na linhe-de-fundo e deu passe preciso para dentro da pequena área. A bola encontrou Sidney Govou, que não foi feliz na finalização e direcionou a bola para fora. Mal sabia ele que estava ali, no início do jogo, a maior chance de gol de toda a partida.

10 minutos mais tarde saiu a primeira finalização uruguaia: Diego Forlán chutou de fora da área para defesa de Hugo Lloris. No minuto seguinte, resposta francesa em lance de bola parada: jogadores de ambas as seleções esperavam cruzamento de Yoann Gourcuff para dentro da área, mas o meia chutou direto, na direção do ângulo direito, para grande defesa de Fernando Muslera.

Veio o 2º tempo e o jogo ficou mais duro - nas entradas e também de assistir. Aos 12', Diego Lugano cobrou falta da intermediária defensiva direto para o gol, demonstrando grande visão ao flagrar o goleiro Lloris adiantado, que acabou realizando a defesa. No minuto seguinte, Patrice Evra arrancou como quis pelo seu setor, se livrou de um adversário mas foi derrubado pelo segundo: cartão amarelo para Maurício Bernardo Victorino (o 3º do jogo, no 1º tempo Evra e Ribèry também foram amarelados).

Com 17 minutos, Oscar Tabárez realizou a primeira substituição na partida, trocando Ignacio González por Nicolas Lodeiro. Lodeiro não precisou de mais de 2 minutos para se mostrar presente em campo, levando cartão amarelo. Aos 22', foi a vez de Jérémy Toulalan entrar com violência, fato que desencadeou em novo amarelo por parte do árbitro Yuichi Nishimura e uma pequena confusão entre o francês e Diego Lugano, que chegaram a colidir testa com testa.

Com bola rolando, aos 27', Diego Forlán recebeu a Jabulani e chutou do jeito que dava, de primeira, a direita do gol de Lloris. Dois minutos antes, Raymond Domenech havia mexido no time, trocando Nicolas Anelka por Thierry Henry. Entre o minuto 28 e o 29, mais uma substituição em cada seleção: Luis Suárez por "Loco" Abreu e Yoann Gourcuff por Florent Malouda. 5 minutos depois de entrar, Malouda chutou de longe, mas sem direção. No minuto seguinte, Lodeiro deu fim aos seus 16 minutos em campo ao receber o segundo cartão amarelo e ser expulso de jogo após entrada dura em Bakary Sagna.

A França passou a ter vantagem numérica, e 2 minutos depois Sagna cruzou na cabeça de Henry, que acabou finalizando para fora, em impedimento. Aos 40', última mexida francesa. Domenech trocou atacante por atacante ao tirar Gouvou e colocar André-Pierre Gignac. Já Tabárez mexeu no meio-campo ao trocar Sebastián Eguren por Diego Pérez. Os franceses seguiram sem conseguir penetrar na defesa uruguaia e teve como principal chance nos minutos finais uma cobrança de falta de Henry, a qual Abreu usou a cabeça para desviar da direção do gol, fazendo valer a barreira posta por Muslera. Estava decretado o 3º 0a0 consecutivo entre essas duas seleções.

1 ponto para cada seleção do grupo A, que será definido somente na 3ª rodada. Amanhã, Coréia do Sul e Grécia, Argentina e Nigéria (grupo B) e o jogo "the book is on the table" entre Inglaterra e Estados Unidos, pelo grupo C, apitado pelo brasileiro Carlos Eugênio Simon. Se o primeiro dia de Copa teve duas boas arbitragens, surgiu um sério candidato para interromper essa seqüência.

Pitacos

Coréia do Sul e Grécia. Nos 5 amistosos preparatórios, a seleção de Hu Jung-Moo emplacou 3 vitórias por 2a0 (Costa do Marfim, Equador e Japão) e duas derrotas por 1a0 (Bielorrúsia e Espanha). A equipe confia no talento de Park-Ji Sung e na experiência de Ahn Jung-Hwan (figura que comandou o time no memorável Mundial 2002, quando era país-sede). Os gregos de Otto Rehhagel aparentemente não são os mesmos da triunfante retranca da Euro 2004: sofreram dois gols em cada um dos últimos 3 amistosos disputados (derrotas para Senegal e Paraguai e empate com a Coréia do Norte). Se o sistema de jogo que conquistou o continente 6 anos atrás estiver funcionando, a Grécia é favorita. E é nesse palpite que eu vou, vitória grega.

Argentina e Nigéria. Em 1994, foi num jogo entre essas duas seleções que Diego Armando Maradona se despediu das Copas como jogador. Amanhã, estreará na competição na condição de técnico. E boto fé que, como 16 anos atrás, será com vitória.

Inglaterra e Estados Unidos. A Inglaterra é favorita pela superioridade técnica, mas se há algum jogo em que os ingleses correm maior risco de não vencer nessa fase de grupos, será exatamente nessa estréia diante dos norte-americanos. Mesmo assim, acredito em vitória dos comandados de Fábio Capello, no que promete ser um jogo interessante. Que o Simon não seja a figura mais comentada desse duelo.

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