quarta-feira, 28 de abril de 2010

Com Espírito De Libertadores, Inter Sobrevive Na UCL

Da forma mais defensiva possível, a Internazionale resistiu à pressão do Barcelona no Camp Nou. Nem a expulsão de Thiago Motta, com menos de meia hora de partida, foi capaz de desestabilizar o sistema defensivo quase impecável da "equipe italiana" - entre aspas pois não havia um único jogador italiano escalado para a partida. No primeiro tempo inteiro, o Barcelona somente conseguiu levar grande perigo ao gol dos visitantes em uma ocasião: Lionel Messi chutou de fora da área para defesa sensacional de Júlio César.

No intervalo, Josep Guardiola trocou o zagueiro Gabriel Milito - praticamente sem qualquer utilidade, pois os comandados de José Mourinho sequer contra-atacavam - pelo lateral brasileiro Maxwell. Com 22' da segunda etapa, mais duas trocas: saíram Sergio Busquets e Zlatan Ibrahimovic para as entradas de Jeffrén Suárez e Bojan Krkic. Com amplo domínio territorial e tendo a posse de bola por quase todo o confronto, o Barcelona, porém, não conseguia penetrar no ferrolho montado pelo adversário. A Internazionale retardava ao máximo cada cobrança de lateral, falta, impedimento ou o que fosse que tivesse direito, e marcava os adversários quase implacavelmente, num típico espírito de Libertadores, competição continental bem conhecida por jogadores como Maicon, Lúcio, Walter Samuel, Javier Zanetti e Esteban Cambiasso. Este último foi um monstro no combate, jogando por ele e por Motta.

O Barça acabou conseguindo chegar ao 1º gol. Aos 39', Messi trocou passe com Xavi Hernández, que viu Gerard Piqué na área - a essa altura, o zagueiro era um centro-avante - e, com muita categoria, Piqué deu um um corte que deixou Iván Córdoba e Júlio César no chão, chutando para o gol e incendiando o estádio Camp Nou. Nos acréscimos, Bojan marcaria o gol da classificação, mas a arbitragem do belga Frank De Bleeckere anulou alegando toque de mão de Seydou Keita - algo que, se de fato aconteceu, foi de forma involuntária, com o braço do malinês totalmente colado ao corpo, o que, diz a regra, descaracterizaria a infração.


Jogadores desabam de emoção, mas o sentimento dos interistas é distinto do de Bojan (11).

Na decisão, em Madrid, a Internazionale terá pela frente o Bayern de Munique, num encontro entre dois técnicos que buscam algo inédito: ser campeão na UEFA Champions League com dois clubes diferentes. O holandês Louis van Gaal foi campeão com o Ajax (1994-5) e o português José Mourinho faturou a competição com o Porto (2003-4). Um deles já pode ir se preparando para entrar pra história. Se é que já não escreveram seus nomes nela...

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